BOA RELAÇÃO Cruzeiro x Mineirão: chegada de Pedrinho ao clube facilitou diálogo com gestora do estádio
Apesar de recentes reclamações do dono da SAF azul quanto ao contrato, há conversas para renovar parceria, que termina neste ano

Apesar das recentes falas do dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço, criticando o contrato do clube com o Mineirão, as conversas entre a gestão azul e a concessionária melhoraram. O TEMPO Sports apurou que, após a compra do clube por Pedrinho, os contatos se facilitaram, visto à maior acessibilidade do empresário cruzeirense, que conversava diretamente com Samuel Lloyd, diretor do estádio até o início deste ano.Oficialmente, Cruzeiro e Minas Arena ainda não confirmam nenhuma reunião para alinhar um novo contrato. Porém, segunpo apurado por O TEMPO Sports, já há conversas informais para que o vínculo seja renovado. O acordo atual entre clube e concessionária vai até o fim deste ano.
A polêmica do contrato veio à tona após Pedrinho criticar pontos do acordo atual com a Minas Arena. O empresário reclamou de algumas cobranças que a administradora do estádio faz na operação durante os jogos e se queixou das despesas geradas nas partidas.
“Comecei a parar para ver as despesas com os jogos lá (no Mineirão) e é insuportável. Você faz um jogo contra o América com uma renda de R$ 2 milhões e sobram R$ 300 mil. Vou dar um exemplo: eles cobram R$ 40 mil de comida no camarote, e o Mineirão cobra da gente 20% do que você está pagando na comida”, protestou, durante entrevista ao programa Donos da Bola, da TV Bandeirantes
Pedrinho afirmou que vai conversar com a Minas Arena para rever alguns pontos do contrato e faz uma espécie de ‘cobrança’ à administradora. “Eles têm que pôr a mão na consciência. Se você paga um segurança, que custa R$ 350, eles cobram 20% em cima de nós. Eles ganham muito em cima da gente. Você ter um jogo com renda de R$ 4 milhões e levar R$ 1 milhão para casa é difícil”, lamenta.
Procurada, a concessionária negou que haja valores abusivos sendo cobrados e disse que o que é feito atualmente está conformidade ao que as empresas concordaram. "Os serviços contratados para a operação da partida estão em consonância com os valores de mercado e em respeito à legislação vigente”, informou.
“O Mineirão mantém um permanente e constante diálogo com o Cruzeiro a fim de promover a melhor e a mais assertiva operação para seus jogos, o que inclui os custos da partida. O Mineirão tem uma equipe capacitada e com expertise para operações de forma setorizada, de acordo com a previsão de público indicada pelo clube, o que reduz os custos", completou.A Minas Arena assumiu a gestão do Mineirão em 2010, quando o estádio foi fechado para a reforma de modernização para Copa do Mundo. A empresa assinou um contrato de 25 anos de exploração, ou seja, até 2035.
Na gestão Ronaldo
As conversas entre as diretorias de Cruzeiro e Minas Arena não eram tão comuns na gestão Ronaldo Fenômeno. Na época em que geria a Raposa, o ex-atacante chegou a romper a parceria com o estádio, no primeiro semestre de 2023.
Durante praticamente toda primeira metade daquela temporada, o Cruzeiro mandou a maioria de seus jogos no Independência, tendo também levado partidas para a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, e para o Parque do Sabiá, em Uberlândia."Não haverá nenhum jogo nosso no Mineirão neste ano. É um problema grande que o governo do estado precisará resolver. A população e o torcedor do Cruzeiro têm o Mineirão como a sua casa. Só que um contrato mal feito de antes da Copa de 2014 fez o governo ficar refém", disse Ronaldo na época. Após intervenção do Governo de Minas, um contrato melhor foi celebrado, e a Raposa voltou ao Gigante da Pampulha.
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