Chuvas em Minas: “A tendência é que os desastres aumentem”, avalia Defesa Civil
Para especialista, Estado ainda vai registrar mais casos de deslizamentos e inundações nos próximos dias
admin
Jan 9, 2022
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Por O TEMPO
09/01/22 - 06h00
A população de Minas Gerais, especialmente os residentes próximos a encostas e áreas de risco, devem ficar com o sinal de alerta ligado por causa das chuvas incessantes. É muito provável que novos deslizamentos ocorram nas próximas horas. Também não são descartadas mais inundações e soterramentos. O cenário sombrio é fruto da avaliação técnica do secretário nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas. “A tendência é os desastres aumentarem”, prevê.
O especialista em tragédias afirma que a hipótese não é somente de continuidade das chuvas, mas também de piora da situação. “A cada hora que passa com essa chuva, as áreas de encostas ficam mais vulneráveis”, calcula. Segundo ele, as chuvas vão continuar caindo impiedosamente sobre o Estado nos próximos três ou quatro dias. “Ainda vai chover muito”, disse.
Prevenção é importante
Entre as medidas necessárias para evitar que mais tragédias aconteçam, ele aponta que o próprio cidadão pode promover o seu autocuidado. “Eu faço um apelo: tomem medidas de autoproteção. As pessoas que moram em regiões de encostas ou de risco, por favor, não passem as próximas três ou quatro noites nas suas casa”. Ele também recomenda que habitantes em lugares com risco procurem familiares ou outros lugares com segurança. Outra possibilidade é acionar os abrigos municipais ou ligar para o 199, telefone da Defesa Civil.
Uma parte estratégica na prevenção, no entanto, é de responsabilidade das prefeituras, conforme lembrado pelo coronel. “É muito importante que cada município adote as suas medidas de preparação”, explicou. Entre as medidas, é urgente que pessoas que morem em áreas de risco geológico ou de deslizamento sejam retiradas desses locais. Para isso, as equipes técnicas da Defesa Civil precisam estar atuantes na realização de vistorias e na acolhida em abrigos, quando necessário. “Cada cidade precisa ter seu plano de contingenciamento de desastres”, finalizou.
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